domingo, 13 de julho de 2008

A Quântica dos Campos na Medicina

A ousadia para incursionar sobre tão densas e privativas florestas, ainda mais reunidas, provém de dois mais candentes motivos:
1. Elas recém estão sendo desbravadas. Um talho aleatório pode não conter maior expressão, mas vá que por baixo haja uma corrente ao Eden.
 2. Não tenho preparo específico nessas catedrais, tampouco uma vocação mais acentuada; portanto, não há pretensão. Tais trilhas me parecem penosas. Elas demandam concentração de foco, e ampliá-las sem perder detalhes requer muita aplicação. Planá-las, apenas, não acarretam riscos.. O despretensioso microinsight visa apenas oferecer algum marco suscetível de relação interdisciplinar, na faina de aguçar a imaginação dos nobres missionários. Se meu voluntariado for muito pueril, ou nada servir, por certo também não atrapalhará. Apraz-me o simples exercício: a medicina ainda não encontrou uma maneira de prolongar a juventude; e a dormência é freeway à velhice.
 O vírus platônico
A medicina cria pessoas doentes, 
a matemática pessoas tristes,
e a teologia, pecadores. 
Martinho Lutero (1483 —1546)
A TECNOLOGIA oferecida pela Revolução Científica logra formidável patamar. Em seus primórdios o homem se presumia capaz de mudar a natureza de tudo. Tudo seria apenas uma questão de tempo, e de fato assim se tem transcorrido. A certeza resplandeceu já na conseqüente Revolução Industrial. O sistema de trabalho ser-lhe-ia compatível, isto é, dividindo-se tarefas e especializações. Ao metier as peças deveriam se encaixar à produção em larga escala, massificada, ultramecanizada. A Física substituia a estéril Filosofia, com evidentes vantagens. As Ciências Humanas abandonavam a própria raia, em troca do flamante pavimento numerado. A Economia se restringiu a má temática; o Direito foi remoldado, digo até entortado; a História, quanto muito, transformou-se em simples e arbitrária narrativa; e a Sociologia, inventada. Não seria o estudo sobre as doenças que escaparia dos práticos e eficientes padrões.
Se nas ciências sociais o positivismo não tem resistido aos seus críticos, sucumbindo diante de metodologias mais modernas e sofisticadas, em vários outros campos científicos, particularmente nas ciências naturais e administrativas (que têm influência importante nas ciências da saúde), ele tem subsistido a ponto de ainda coincidir com o seu paradigma dominante  CAMPOS, G.W. Os médicos e a política de saúde. - São Paulo, Hucitec, 1988 - www.scielosp.org/scielo
O preço por este apreço é simplesmente fatal: "A medicina progrediu tanto em termos tecnológicos que o sentido normal se perdeu." (Revista da Semana, 28/4/2008: 22)
Ao verificarmos os currículos dessas faculdades, mormente as medicinais, não encontramos menções das fontes pelas quais emergem. O que vemos são modos de aplicação de um conhecimento empilhado e já experimentado, não poucas vezes sem êxito. O que resta é algo insólito: "Alguns adotam postura mais distanciada, enquanto outros choram com doentes. Pesquisa feita por médico de Harvard revela que residentes têm crises de choro comuns." (Barron H. Lerner New York Times, 7/5/2008)
Não se perguntam os formuladores de conteúdo, muito menos os cadetes, se as capacidades ministradas são aptas, propícias, apropriadas, resolutivas. Dizem que "com o andar da carroça se acomodam as melancias"; então não se incomodam com o balanço do trem. Caso não se confirme a esperança, os profissionais se eximem da culpa com a simples desculpa: ainda não se descobriu a solução. Médicos devem ter momento de silêncio e reflexão após morte de paciente Aos ministros cuidadores lhes conforta a fé no progresso, cuja linha reta aponta o ideal que algum dia será alcançado.  Enquanto isso o paciente morre, mas nem tem importância - afinal a morte é a única coisa certa da vida -   de modo que o médico será sempre tratado de doutor, ainda que seja mero prático, ou mais vocacionado a atividades mercantis. À academia interessa elencar instrumentos para extinguir o mal, como o bombeiro é treinado para manusear a mangueira e a machadinha, e o vêzo é de tal monta que ao intento tudo é permitido. Em primeiro plano fulgura o procedimento cirúrgico, mas outros modos de ataque também não se importam em deteriorar algumas circunstâncias, desde que o presumido ponto seja atingido. Isso pode ser ainda mais  prejudicial :
Alguns tipos de câncer de próstata se desenvolvem lentamente e outros necessitam tratamento urgente. A dificuldade é diferenciar entre estes dois tipos. Consequentemente alguns pacientes são submetidos a cirurgias desnecessárias ou tratamentos com radiação. www.terra.com.br - Ciência poderá detectar câncer de próstata pela urina, 11/2/2009
Um artigo publicado no último exemplar da revista Nature Reviews Cancer (vol.8, 2008) afirma que tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, podem fortalecer tumores sólidos (tecidos anormais que normalmente são desprovidos de cistos e líquidos). Ao fazer essa afirmação, o oncologista Mark W. Dewhirst passa a integrar um grupo de especialistas que defendem essa idéia que apesar de controversa, tem merecido atenção de publicações científicas importantes e é foco de pesquisas em vários lugares. Flavia Natércia, Novos alvos contra o câncer na mira dos cientistas, 7/7/2008, ww.comciencia.br/comciencia/?section=3&noticia=473
Muito engraçadas são as exumações. Pelas cores, tessitura, tamanho, peso, etc., ou seja, por parâmetros eminentemente empíricos, e geralmente contábeis, quando possível, tencionam os investigadores desvendar o foco, a intensidade e a tipificação do malefício, naturalmente de acordo com as identificações e classificações aprendidas há muito. De avanço. portanto; só no número de curiosos. De que modo descobrir a origem e o sentido da vida analisando o bebê? Numa folha de uma árvore não há sinal do material gerador. No falecimento de Einstein os . intrépidos saíram abrindo sua cabeça, sei-lá com licença de quem, tentando medir o cérebro do gênio. Quack!
Não há nenhuma seta que indique o caminho mais reto à descoberta científica; mas convém um mínimo de sensatez, esta precedida por mínimo encadeamento mental. Não obstante, o mais grave é tentar identificar a doença por onde ela surge. Esta é a faina cartesiana, ainda hegemônica em todas as ciências, mas em particular, e mais danoso, nos cursos de medicina, mormente quando se acoplam preceitos cristãos, todos sectários. No caso de uma emergência pode até ser evidente alguma apelação, mas ela também pode precipitar outros malefícios: "Estudos mostram que o TPA diminui em 30% o número de pacientes incapazes ou com seqüelas. Infelizmente, o uso medicamento possui um risco de hemorragia intracraniana que varia entre 3 e 6%."
A ênfase excessiva na análise (na parte) conduz ao reducionismo escotomizante, enquanto a focalização unilateral na síntese conduz ao globarismo obscurecedor. Existe uma polaridade onde a totalidade é vista pelos elementos, e vice-versa, formando um círculo que determina a reciprocidade da parte e da totalidade. JASPERS, Karl, Psicopatologia Geral, Ed. Atheneu, 1987, Vol I, p. 40; cit. ARAÚJO, Bohmila, A Voz da Harmoniae, A Tarde, Salvador, 7/10/1995)
  Dir-se-á:
- Muito bem, sabichão, mas a medicina já identificou muitas causas, e mal ou bem cura uma infinidade de doenças. Você quer que ela identifique todas? Quem sabe a vida eterna, sem envelhecer, ou o que propõe, então? Como descobrir o fato gerador da doença, posto que a razão dela permanecer obscura é justamente ser invisível?
Bem, ela é invisível, mas seus efeitos não. Como são apenas efeitos, e não a matriz, o invisível pode não ser visto, mas de plano sabemos que nos efeitos é que ele não está.
Alguma escola há de ensinar: qualquer objeto é formado por moléculas e estas são compostas por unidades atômicas; portanto, jamais estáticas. O núcleo do malefício mantém sua coesão por ondas energéticas, portadoras de informação. Não enxergamos seus procedimentos por nossa incapacidade, não por sua inexistência. Percebemos apenas os reflexos das informações, dificilmente sua fonte, por causa da freqüência inacessível aos sentidos, mas em especial porque na dificuldade ninguém ultrapassa. Desse modo satisfazemo-nos em captar uma roda em grande velocidade como se ela estivesse parada, quando na verdade sabemos de antemão que se trata de uma ilusão ótica. Ao contrário nos mostra um filme, que diversas fotos em seqüência nos dá dimensão do movimento.
No Universo trocamos constantemente energia e informação. A respiração é um exemplo de fácil assimilação. Em um nível mais contundente, não existe limites definíveis entre o nosso eu e tudo o mais, que dirá em nós próprios. Um evento pode não ser a causa de outro evento, mas o comportamento de um estará imediatamente correlacionado ou coordenado com o outro, independentemente até mesmo do EspaçoTempo.
Estamos acostumados a medir a velocidade da luz ou do som, mas a correlação dos eventos ignora a distância. Nada viaja. A correlação é instantânea, e múltipla, de modo simultâneo. Vê-se o fenômeno em um cardume de peixes, por exemplo, quando em um instante todos, do primeiro ao último, procedem uma cambagem direcional. A rigor, diz-se que tudo dança no mesmo ritmo. Músicos de uma orquestra, recentemente provado, obedecem iguais freqüências de ondas cerebrais.
O cérebro e o corpo encontram-se indissociavelmente integrados por circuitos bioquímicos e neurais recíprocos dirigidos um para o outro. Existem duas vias principais de interconexão. A via em que normalmente se pensa primeiro é a constituída por nervos motores e sensoriais periféricos que transportam sinais de todas as partes do corpo para o cérebro, e do cérebro para todas as partes do corpo. A outra via, que vem menos fàcilmente à mente, embora seja bastante mais antiga em termos evolutivos, é a corrente sangüínea; ela transporta sinais químicos, como os hormônios, os neurotransmissores e os neuromoduladores.
Marion Corns, uma britânica de 35 anos, comprova ter perdido 25 quilos após passar por cinco sessões de hipnoterapia durante as quais ela teria sido convencida de que seu estômago foi reduzido ao tamanho de uma bola de golfe."Nossa taxa de sucesso fica em torno de 75% - disse o diretor da clínica, Martin Shirran. Mesmo médicos têm reconhecido nosso esforço em enfrentar a questão da dieta por meio uma abordagem psicológica." (BBC-Brasil, 21/5/2009)
O professor Judah Folkman, de Harvard, falecido no ano passado, desenvolveu uma profunda investigação sobre a desenvoltura das células cancerígenas, e não titubeou: elas desenvolvem os vasos sanguíneos para se nutrirem. O processo toma o nome de angiogênese. Não há cirurgião capaz de demovê-las, e isso nem precisa explicar.
A medicina cotidiana, todavia, na larga tradição, ainda prima pelos métodos renascentistas, ainda que modernamente se valha de um ferramental mais aprimorado. E dê-lhe exames, e números, e estatísticas, e exumações, e cisões, microscópios, termômetros, raios X, ultrassonografias, radimagens, etc. etc. O médico se vê enrolado em tanta parafernália. Evidentemente não conseguirá dominá-la. Então, convoca uma plêiade, composta por especialistas de cada área, mormente laboratórios. Não há tempo para pensar, presumir, raciocinar. "O segredo consiste em uma ação conjunta", dizem neurologistas da USP de Ribeirão. Não concordo. Se tratamos de segredo, não é a quantidade, tampouco a soma das especializações, as quais darão em beco, ou até numa Babel, mas é a qualidade e a observância da integridade elementar, o feeling e a imaginação, a capacidade investigativa, a intuição, a vocação à detetive autoemulada pelo próprio inspetor que o levará à saída do labirinto:
A impossibilidade de se medir, ao mesmo tempo, a posição e a velocidade dos componentes do mundo quântico trouxe enormes limitações para o entendimento humano, uma vez que tudo na Natureza é composto por essas micropartículas.
BIEHL, L.V.:21
Infelizmente até a cogitação de hipóteses foi banida da ciência desde Platão, mas notadamente a partir de Descartes e Newton. Eis os responsáveis pelo mais crasso dos equívocos: "Os acidentes, as doenças, assim como a infelicidade em que está mergulhada a maior parte da humanidade, tem como gênese o distanciamento da fonte de energia vital e cósmica." GONZALEZ, MATHIAS, O caminho cósmico. - Rio de Janeiro: Pallas, 1993.
Cirurgia Epistemológica*
A cada ano, o câncer mata aproximadamente sete milhões de pessoas no mundo, segundo cálculos do Fundo de Pesquisas sobre o Câncer Mundial, que, no entanto, acha que este número pode chegar a 16 milhões até 2020. 'É enorme. É catastrófico' disse ao jornal The Observer Michael Marmot, professor de epidemiologia e saúde pública do University College de Londres e autor de um relatório sobre a crescente incidência da doença. Marmot acha que o câncer requer pesquisas urgentes e em escala global, assim como o aquecimento do planeta. 'Muitas das mortes por câncer são evitáveis ou poderiam ser adiadas. É necessário tomar medidas o mais rápido possível'.
www.terra.com.br, 22/9/2009
Outro exemplo dos fenômenos quânticos é o nosso corpo. Ele funciona perfeitamente, sem a necessidade de um controle externo... Todos os movimentos corporais e cerebrais partem de reações ocorridas no mundo atômico, regidas por leis quânticas. BIEHL, Luciano Vulcanoglio: 34
Pois o câncer nada mais é do que a manifestação concreta de uma deflagração atômica levado à cabo através desse campo que é o próprio corpo.
Nem sei bem direito o que se ensina nesta faculdade. Numa ocasião perguntei a um médico-chefe da gastroenterologia do maior hospital se ele sabia o que era um átomo. Ele gaguejou. Disse-me que isso era matéria da Física! Por certo não se deu conta como são formadas as células, estas entidades que logram obter toda a atenção medicinal. Dessarte, ou melhor, desta carência de arte encorajo-me a propor a possibilidade, que suponho imperiosidade: uma cirurgia, mas desta feita na própria medicina. Façamos um corte epistemológico em seus fundamentos, para costurá-la com proposições mais adequadas, compatíveis com a própria ciência mater que sempre lhe ofereceu guarida. Remodelada, e ora, logo agora, redimida, paradoxalmente ela é desdenhada no estudo do corpo humano. O que informa a rainha? O rei fornece pista: 
O que levou finalmente os fisicos, após longa hesitação, a abandonar a crença na possibilidade de toda a física ter como base a mecânica de Newton foi a eletrodinâmica de Faraday e Maxwell. Essa teoria, confirmada pelas experiências de Hertz, provou a existência de fenômenos eletromagnéticos que por sua própria natureza são separados de toda a matéria ponderável - a saber, as ondas no espaço vazio, que consistem em campos eletromagnéticos.
EINSTEIN, A., Notas Autobiográficas: 12
O estudo sem referência a corpos materiais despedaça a idéia de que as coisas sejam estáticas, e só se movam por impulso aplicado. Cada carga cria uma “perturbação”, uma “condição” no espaço à sua volta, de modo que a outra carga “sente”sua força. Várias forças convergem à interação. Com Newton a Hegel, polos se repulsavam. Com Faraday e Maxwell, eles se comunicam, se misturam. O Universo até pode ser constatado repleto de “força”, mas não antagonicamente postada. Goffredo Telles Júnior (O Direito Quântico, p. 54) amplia:
Sendo geradora de energia, a partícula cria, em torno de si, um campo em que essa energia se manifesta. Aliás, todos os corpos geram campos de energia. A Terra, por exemplo, tem seu campo de energia magnética, que claramente se manifesta no comportamento da agulha da bússula.
O consagrado professor paulista complementa:
Os campos não devem ser consideradas como espaços vazios. Os campos são objetos físicos, pois é por meio deles que as partículas agem umas sobre as outras. É por meio deles, que os corpos, enorme multidão de partículas, se influenciam reciprocamente. Embora físicos, os campos não são objetos mecânicos. Um campo é imperceptível pelos sentidos. É imponderável. Não pode ser utilizado como sistema de referência. Mas é observável nos seus efeitos. É identificável nas perturbações que causa no comportamento das partículas ou dos corpos nele situados. Não somos capazes de ver a força de gravidade, mas a observamos na queda da maçã.
A mútua interação suplanta a dialética platônica de percepção do mundo em contradições, segmentado, partido, cingido.

Cura atômica
O método ortomolecular tem avançado estupendamente ao buscar a realidade dos campos, mas a tradição ainda prima por combater o inimigo a partir da experiência, da vista, da constatação que supõe efetiva.
De fato, no nível quântico, não há nada além da energia e informação. Campo quântico é apenas outro nome do campo da consciência pura ou da potencialidade pura. E esse campo quântico é influenciado pela intenção e pelo desejo.
Deepak Chopra
Foi Ernst Ludwig Planck quem trouxe os mais formidáveis avanções sobre o conhecimento da matéria que rege nosso Universo, e, por extensão, todos os corpos, incluindo os humanos. Ele descobriu o caráter descontínuo das trocas de energia por radiação. Prótons, elétrons, nêutrons, novas terminologias para novas descobertas estenderam o tapete à passagem do raio X, da radiatividade, instrumentos hoje corriqueiros nos hospitais. De antemão se descobria que o objeto era “permeável”; além disto, em seu "interior" há um movimento incessante, sem nada a “cutucá-lo”, embora pelo "lado externo" não se veja nenhuma alteração.
Einstein sempre relutou em abrigar os conceitos da Teoria dos Campos, ainda que por ela é que ele tenha logrado sua Relatividade. Contudo, ao descobrir o elemento atômico responsável pelo fenômeno, Planck assegurava que ele se movimenta em forma de matéria e de energia concomitantemente, o que seria confirmado por Bohr, Heisenberg e todos, mas não por Einstein. A razão da desconformidade era pueril, proveniente do dogma religioso: "Deus não joga dados". Einstein gastou o resto da vida tentando a unificação da Quântica com a Relatividade, uma tolice, desculpe a pretensão. Seria como tentar unificar os dois lados de uma mesma moeda. Além de impossível, posto evidentemente estarem unidas, seria completamente desnecessário, justo por já estarem unidas!
Em 1926, contudo, já havia a grande pista. Born, Jordan e Heisenberg formulavam a teoria quântica do campo eletromagnético. Eles desprezaram a polarização, e desse modo excederam a simplória dialética platônico-cartesiana. Foi a primeira formulação do que se entende por Teoria do Campo Livre.
Curiosamente eles denominaram o cruzeiro como uma quantização canônica.
Modernos pesquisadores tem estudado alguns efeitos atômicos, mas para combatê-los continuam trilhando o mecanicismo, envoltos na mesma dialética do estabelecimento do contrário. Preferem o combate de frente, no equilíbrio do fio que esticam, ou progetam, na mensurabilidade estanque, no dimensionamento redutivo, quando poderiam envolver os adversários pelos flancos, e assim surpreendê-los:
Ricardo José Alves, químico farmacêutico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), investiga a ação de substâncias biorredutíveis, explorando outra característica das células em hipóxia que pode ser usada contra elas. Trata-se de uma maior capacidade de fazer substâncias ganharem elétrons ou átomos de hidrogênio ou perderem oxigênio (redução). Por exemplo, células em hipóxia apresentam angiogênese aumentada. A associação de inibidores de angiogênese com substâncias biorredutíveis pode ser interessante. Mas não tenho conhecimento da eficácia eventual dessa associação.
Ou seja: em que pese a luta ser nas estrelas, continuamos a primar por armas de alcance horizontal. Eis a razão de tanto anti-isso, anti-aquilo. Neste caso se transforma num jogo, no qual sabe-se lá o vencedor. Porque o objetivo, ao invés de diminuir, ou extinguir, não visa dirimir, ou desconstituir? De que modo lograr o intento? Como o Universo se expande, como se dá o efeito gravitacional, ou de que modo o Buraco-negro se alimenta, senão que por informações de vizinhanças?
A realidade física é concebida como uma teia dinâmica de eventos inter-relacionados. As coisas existem em virtude de suas relações mutuamente compatíveis, e tudo na física tem de partir da exigência de que seus componentes sejam compatíveis uns com os outros.
CAPRA, F. e STEINDHAL: 129
A Quântica apresenta muitos conceitos revolucionários, entre os quais destacamos o trio: movimento descontínuo, interconectividade não-localizada e, somando-se à causalidade ascendente da technê newtoniana, a causalidade descendente, a consciência escolhendo entre possibilidades, virtualidades das quais precipitar-se-á o evento real. São, pois, as conjeturas, as circunstâncias, os fatores determinantes de qualquer bem. Ou, no caso em que o médico é mister, qualquer mal. A começar pelo mais flagrante, que são os tumores.
Essas manifestações não escapam dos elementos que compõem o Universo.
Cada elemento ou orgão do nosso organismo tem uma frequência electro-magnética exclusiva e universal a qual envia informação ao corpo electro-magnético . São estas frequências que permitem , através de um equipamento de software muito sofisticado medir a radioatividade electro fisiológica (EPR) do paciente o que associado ao potencial evocado permite proceder a rápidos diagnósticos e processos de tratamento das enfermidades , equilibrando o campo energético do organismo.
Todavia, malgrado os currículos acadêmicos contemplarem as células, os cadetes não sabem o que é átomo, muito menos como ele se movimenta. Pesquisadores insistem em mesclar os conhecimentos, positivismos aferidos através de instrumentos quase mecânicos, induzidos, como biorressonâncias e biofeebacks, ainda assim pouco utilizados.
Pela quântica é possível identificar o campo unificado pela biologia, e pela física que lhe origina.

* * *
Da quântica dos campos
A capacidade de mirar ativamente nanopartículas para tumores é o santo graal da nanotecnologia terapêutica para o câncer.Estamos chegando mais perto desse objetivo.
Chun Li, do Centro de Câncer da Universidade do Texas M.D (1)
Depois da II Guerra os físicos passaram a apresentar resultados realmente convincentes. Anunciou-se a reconciliação em todos os campos, e a catedral das ciência foi aberta às prometidas núpcias do cientista com a filosofia. Na certidão da filha não houve dúvidas: chamar-se-ia Filosofia da Teoria Quântica do Campo, esteio dos estudos sobre a relatividade atômica. A teoria atribui aos indivíduos (as partículas) uma variedade de propriedades, mas elas decorrem de cada localização no espaço espaço-temporal. Mister ao pesquisador conhecer as amplitudes do EspaçoTempo em relação à função da onda da própria partícula identificada.
Tudo se desdobra através dessa teia cósmica, complexidade crescente em ordem invisível:

Assim, descobriu-se recentemente que na natureza tudo está subordinado a uma ordem, até mesmo os fenômenos confusos, sem nexo, totalmente imprevisíveis. Esta ordem ‘superior’ é capaz de explicar eventos aparentemente randômicos - não importa se se trata de bolsa de valores, da mudança na temperatura de nosso planeta, ou da maneira que nós formulamos nossos pensamentos – e que podem ser expressos tanto em fórmulas matemáticas e físicas, quanto em belas imagens (os chamados fractals) disformes, mas com uma atraente irregularidade. Todos esses eventos têm algo em comum: o fato de serem atraídos a certos estados da natureza, o que lhes dá unidade, se bem que disfarçada. A nova regularidade dos fenômenos deu origem a uma nova ciência, que tem o ‘caos’ como tema central e na qual, um dia, deve se enquadrar a teoria das ondas.
(Witkowski, Bergè: 275).
"A Teoria do Caos podemos associá-la totalmente aos fractais." (Wikipédia)
Na Teoria Quântica de Campo (QFT) os campos perfazem os componentes fundamentais. Qualquer dado deve ser elaborado a partir de sua amplitude, ainda que tal abrangência seja dificilmente mensurável. De todo modo as partículas são apenas expressões da excitação do campo, de maneira que de pouca serventia será identificar sua potência, mas sim a do campo, pelas interações pontuais. Eis sua mais perfeita conceituação:

A teoria quântica de campos é a aplicação conjunta da mecânica quântica e da relatividade aos campos que fornece uma estrutura teórica usada na física de partículas e na física da matéria condensada. Em particular, a teoria quântica do campo eletromagnético, conhecida como eletrodinâmica quântica (tradicionalmente abreviada como QED, do inglês 'Quantum EletroDynamics', é a teoria provada experimentalmente com maior precisão na Física. Resumidamente, pode-se dizer que a teoria quantica dos campos é uma teoria que, na denominação mais antiga, se chama segunda quantização, isto é, realiza a quantização dos campos, ao passo que a mecânica quântica apenas realiza a quantização da matéria. A teoria quântica dos campos considera tanto a matéria (hadrons e leptons) quanto os condutores de força (bosons mensageiros) como excitações de um campo fundamental de energia mínima não-nula (vácuo).
Na moderna Teoria das Cordas igualmente são detectados padrões viajantes, efeitos proporcionados por entidades não-locai através do gráviton, a partícula mensageira do cmpo gravitacional. Ambas teorias são complementares. No futebol, a bola se constitui no objeto mais importante; no entanto, se a focarmos com exclusividade, jamais entenderemos o jogo. Parece óbvio. Salvo melhor juízo, suponho que as manifestações da natureza, corroboradas e aferidas pelos modernos físicos, demonstrem a impropriedade de continuarmos a primar por especializações, por fragmentações, por exames cartesianos. O aparelho humano não é uma mera máquina composta pelo Arquiteto do Universo, à sua imagem e semelhança, uma semelhança que só poderia ser paraguaia, por certo, se me permite o blague.
________
1.
Utilizando a nanotecnologia, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (Israel) desenvolveram uma terapia de combate ao câncer que é capaz de destruir apenas as células doentes do organismo, preservando as saudáveis. Isso poderá reduzir os graves efeitos colaterais provocados pela quimioterapia e melhorar sua eficiência.
A base desse tratamento são bolhas microscópicas cuja superfície contêm um agente capaz de distinguir e destruir as células cancerosas. Segundo a professora Rimona Margalit, do Departamento de Bioquímica da Universidade e responsável pela experiência, a nova tecnologia tem sido aplicada com sucesso em animais e o próximo passado será testá-la em seres humanos.
www.terra.com.br - 26/2/1009

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2 comentários:

  1. Boa tarde
    Vinha por este meio apresentar um protesto formal por ter usado uma afirmação minha que foi completamente retirada do contexto dando a ideia que defendo uma coisa quando na realidade defendo algo totalmente oposto.
    De qualqyer forma guarda-me o direito de resposta do qual irei susfruir no meu blogue.
    Atentamente
    Nuno Lemos

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  2. Dt. Nuno Lemos,
    O parágrafo é completo, e, salvo melhor juízo,apenas lhe enobrece. Em nada lhe ofende, pelo contrário - assinala mérito em sua consciência. Tampouco está a lhe questionar, de modo que direito de resposta parece inapropriado. O que importa é a verdade exposta - por isso não procedo sua retirada, a não ser que V.Sa. assim requeira. Feito seu registro, grato pelo acompanhamento.

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